quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

TELÓ E A MÚSICA: TOMA LÁ, DÁ CÁ!


Uma música animada e singela, de letra simples e refrão repetitivo, assim pode se descrever
o maior sucesso musical da atualidade. Michel Teló, cantor sertanejo de visual urbano e sorriso simpático, assim podia se descrever o intérprete. Mas o que vi essa semana no maior informativo do Brasil foi interessante. A música que invadiu a Europa fisgou até mesmo soldados israelenses, e ganhou espaço no cenário internacional, fazendo o cantor ser reconhecido nas ruas das cidades européias e emplacar em uma turnê de shows pela Europa.

Brasil a fora especialistas do senso comum discutem sobre o sucesso de Teló e a qualidade do hit, se representa ou não a cultura brasileira. Confesso que estou feliz pelo simpático cantor paranaense e pelo sucesso internacional. Conversando com algumas pessoas que questionam o talento do cantor e a qualidade da música fiz a seguinte análise.
Antes de julgarmos ou questionarmos o sucesso do artista em terras nacionais e estrangeiras, antes de julgarmos um cantor, ou criticarmos o rapaz por estar fazendo sucesso com uma música que não caracteriza a cultura brasileira,  e que é apenas uma música chiclete e vazia entre outras críticas, analisemos o seguinte fato:

O que difere o sucesso de Teló e os sucessos de Rihanna, Bieber e Beyoncé que diariamente invadem nossas rádios e nossas TVs?
Se analisarmos as letras de Baby, Umbrella, Single Ladies, e outros tantos sucessos não encontraremos diferenças qualitativas entre as músicas chicletes. Entretanto, os hits importados entram em nossa terra com tanta facilidade que quase não temos tempo de julgar, quando percebemos já estamos saturados de ouvir.
Isso sem falar dos artistas ainda menos relevantes, que surgem em seriados da Disney e vêm ao Brasil com status de estrela fazer turnê.
Engolimos os enlatados dos USA, de 9 as 6, como cantou Renato Russo sem ao menos pestanejar.
Alguns podem retrucar que os artistas em questão são recordistas do Music awards, de semanas no top da Bilboard entre outras premiações...
A Terra do Tio Sam cria premiações para seus próprios artistas, mais ou menos como funciona com o Oscar, feito para premiar sua própria cultura e julgá-la como superior...
Quem disse então que os artistas brasileiros não têm capacidade para se igualar em sucesso mundial à Katy Perry, Justin Bieber, Beyoncé entre outros? E respondendo à minha pergunta anterior, as diferenças entre nossos artistas e os dele: Divulgação, incentivo à cultura, markenting...

Sabemos que se a canção não tivesse sido dançada pelo Português Cristiano Ronaldo, ensinada pelo brasileiro Marcelo, a música não teria alcançado tamanho sucesso, mas quantas músicas brasileiras não precisam apenas de uma mínima dancinha para lhes dar visibilidade e impulsioná-las a tornarem se febre pela Europa?

Então amigo não se trata de um texto nacionalista, e sim de chamar vossa atenção para a atitude sadia de não julgarmos o potencial de nossos artistas sem antes nivelar com os “Pop stars” da música mundial que invadem nossa casa sem nos pedir permissão. Michel Teló e o “ai se eu te pego” não devem nada às estrelas importadas, ainda que isso não seja um elogio é pura verdade!

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